Alteração é caracterizada por um inchaço na parte de trás do joelho, o que pode causar dor e limitação de movimentos
O cisto de Baker, também conhecido como cisto poplíteo, é caracterizado pelo acúmulo de líquido sinovial na parte de trás do joelho, formando um inchaço na articulação. Geralmente, esta não é uma condição grave, mas pode causar desconforto e limitar a função do joelho.
Embora o cisto de Baker possa ser assintomático em muitos casos, ele está frequentemente associado a condições subjacentes como artrite ou lesões na articulação do joelho, que aumentam a produção de líquido sinovial. Por isso, é importante ser diagnosticado e devidamente acompanhado por um profissional de saúde. Saiba mais a seguir!
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O que causa o cisto de Baker?
O cisto de Baker é causado pelo acúmulo de líquido sinovial na articulação do joelho, uma alteração que pode ocorrer devido a várias condições subjacentes que afetam o joelho. Entre as principais causas do cisto de Baker, estão:
- Artrite: a degeneração da cartilagem nas articulações do joelho pode levar ao aumento da produção de líquido sinovial, contribuindo para o desenvolvimento do cisto;
- Artrite reumatoide: esta condição autoimune causa inflamação crônica na articulação do joelho, resultando em excesso de líquido sinovial e formação do cisto;
- Lesões no joelho: lesões ou rupturas no menisco ou nos ligamentos podem causar inflamação e aumentar a produção de líquido sinovial, contribuindo para o desenvolvimento do cisto;
- Derrame articular: quadro caracterizado pelo acúmulo excessivo de líquido na articulação do joelho devido a inflamação ou lesão. Esse excesso de líquido pode migrar para a bursa poplítea, formando o cisto de Baker;
- Condições inflamatórias como sinovite e gota;
- Condições como condromalácia patelar e lesões traumáticas: essas também podem desencadear a produção excessiva de líquido sinovial, levando à formação do cisto de Baker.
Principais sintomas do cisto de Baker
Os sintomas do cisto de Baker variam dependendo do tamanho do cisto e da presença de outras condições subjacentes. Em muitos casos, o cisto de Baker pode ser assintomático, mas quando os sintomas aparecem, eles podem incluir:
- Inchaço na parte traseira do joelho;
- Dor ou desconforto na parte de trás do joelho, especialmente ao movimentar a articulação;
- Rigidez no joelho;
- Sensação de tensão ou pressão na parte de trás do joelho;
- Dificuldade de mobilidade;
- Se o cisto for grande o suficiente, ele pode pressionar estruturas nervosas próximas, causando dor que se irradia para a panturrilha ou mesmo o tornozelo.
Esses sintomas podem variar em intensidade e nem todos os pacientes com cisto de Baker apresentarão todos os sintomas listados.
O cisto de Baker é perigoso?
O cisto de Baker, em si, geralmente não é perigoso e muitas vezes é assintomático ou causa apenas sintomas leves, como inchaço e desconforto na parte de trás do joelho. No entanto, é importante entender que a alteração pode ser um indicativo de problemas subjacentes na articulação do joelho, como artrite ou lesões nos meniscos, que podem necessitar de tratamento.
Entre as principais complicações do cisto de Baker, estão:
- Rompimento do cisto, causando dor aguda, inchaço e inflamação na panturrilha;
- Compressão de estruturas nervosas, levando à dor irradiada, formigamento ou dormência na panturrilha, tornozelo ou pé;
- Limitação de movimento;
- Complicações associadas a condições subjacentes, que precisam ser tratadas para evitar o agravamento dos sintomas.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico do cisto de Baker é realizado a partir de uma combinação entre avaliação clínica e exames de imagem. O processo geralmente envolve as seguintes etapas:
- Avaliação do histórico clínico e sintomas relatados pelo paciente;
- Exame físico, no qual o médico observará a área atrás do joelho em busca de inchaços ou protuberâncias, avaliando também a flexibilidade e a amplitude de movimento do joelho;
- Realização de exames de imagem, como ultrassonografia, ressonância magnética e radiografia.
Como tratar o cisto de Baker?
O tratamento do cisto de Baker depende da gravidade dos sintomas, do tamanho do cisto e da presença de outras condições no joelho.
Se o cisto for pequeno e não causar sintomas, o médico pode recomendar apenas a observação, monitorando o joelho afetado para garantir que a condição não cause problemas. O tratamento conservador pode envolver ainda o descanso e uso de medicamentos anti-inflamatórios, além de realização de fisioterapia.
Se o cisto for grande ou causar desconforto significativo, o médico pode optar por aspirar o líquido com ajuda de uma agulha. Este procedimento pode proporcionar alívio temporário dos sintomas, mas o cisto pode voltar a se formar. Após a aspiração, corticosteroides podem ser injetados na articulação para reduzir a inflamação e prevenir a recorrência do cisto de Baker.
Vale lembrar, entretanto, que nenhuma dessas abordagens trata a causa subjacente do cisto. Se o cisto de Baker for causado por artrite ou lesões, tratar a condição subjacente é crucial.
É necessário fazer cirurgia de cisto de Baker?
Em casos raros, se a alteração for persistente, muito grande, ou causar sintomas graves que não respondem a outros tratamentos, a remoção cirúrgica do cisto pode ser considerada. A remoção cirúrgica do cisto de Baker pode ser feita por meio de artroscopia, que é um procedimento minimamente invasivo, ou por meio de uma cirurgia aberta, dependendo do tamanho e da localização do cisto.
Nos casos em que o cisto está associado a uma condição subjacente, como uma ruptura de menisco, a cirurgia pode incluir o reparo dessa lesão, o que pode ajudar a prevenir a recorrência do cisto. A decisão de realizar a cirurgia deve ser tomada em conjunto com um médico especialista, levando em consideração os benefícios e riscos envolvidos.
É possível prevenir?
Embora não seja sempre possível prevenir o cisto de Baker, há medidas que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver o cisto ou minimizar sua recorrência. Algumas das principais estratégias de prevenção incluem:
- Tratamento adequado de condições como artrite e lesões no joelho;
- Fortalecimento muscular;
- Manutenção da flexibilidade dos músculos e ligamentos ao redor do joelho por meio de alongamentos regulares;
- Evitar atividades que coloquem excesso de pressão ou estresse repetitivo sobre o joelho, prevenindo lesões e inflamações;
- Durante atividades físicas, especialmente aquelas que envolvem impacto, usar calçados adequados e, se necessário, joelheiras ou suportes;
- Manter um peso corporal saudável;
- Consultar um médico regularmente, de modo a detectar e tratar problemas articulares antes que eles se agravem.
Para saber mais a respeito do tratamento e prevenção do cisto de Baker, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Rodolpho Scalize.
Fontes: