Causas da capsulite adesiva são variadas, mas podem estar associadas à diabetes, distúrbios na tireoide e após traumas no ombro
A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença que causa dor, rigidez e limitação dos movimentos no ombro. A condição atinge 2 a 5% da população, especialmente as mulheres e pessoas com idade entre 40 e 60 anos. A incidência é maior no ombro não dominante, mas é possível que a capsulite adesiva afete os dois ombros em períodos diferentes, geralmente em um intervalo de tempo inferior a 5 anos.
As causas da capsulite adesiva são diversas, mas o ombro congelado é resultado da inflamação da cápsula articular, estrutura elástica e flexível à base de colágeno que reveste a articulação. Ao inflamar, ela fica inchada e mais espessa, perdendo sua capacidade elástica e causando dor e perda da mobilidade do ombro.
A capsulite adesiva é dividida em três fases, de acordo com a evolução da doença e os sintomas manifestados em cada paciente:
- Fase aguda ou inflamatória: caracterizada por dor moderada no início, mas que pode aumentar gradativamente para uma dor intensa e limitações de movimento. Dura, em média de 2 a 9 meses;
- Fase de rigidez ou congelamento: há diminuição da dor, mas a restrição dos movimentos torna-se maior. A pessoa já não consegue colocar a mão nas costas e alcançar lugares mais altos, por exemplo. Esse período pode durar de 4 a 12 meses;
- Fase de descongelamento: melhora progressiva dos movimentos do ombro e da dor, mas ainda com certas limitações de amplitude e força, que necessitam de tratamento. Essa fase costuma durar de 5 a 26 meses.
Causas da capsulite adesiva
As causas da capsulite adesiva não são definidas, por isso ela é considerada uma doença idiopática. Porém, a inflamação da cápsula articular pode ser causada por movimentos repetitivos do ombro, principalmente os que elevam o braço sobre a cabeça como o de pintores e jogadores de vôlei.
Causas da capsulite adesiva: fatores de risco
Apesar de as causas da capsulite adesiva não serem definidas, existem alguns fatores de risco que podem levar ao problema, tais como:
- Traumas no ombro;
- Lesões não tratadas corretamente, como a tendinite calcária;
- Longos períodos de imobilização do ombro após cirurgias.
Além disso, o quadro de capsulite adesiva pode acontecer de forma secundária a outras condições, sendo a mais comum a diabetes, com ocorrência em 20% dos casos de pessoas com esta doença. As causas da capsulite adesiva também podem estar associadas a alterações na tireoide, fatores genéticos e reações autoimunes.
Prevenção e tratamento da capsulite adesiva
Como uma das possíveis causas da capsulite adesiva são os movimentos repetitivos do ombro, é aconselhável fazer algumas pausas e alongar a musculatura da região como forma de prevenção. Esportistas ou profissionais que exigem movimentos constantes de elevação do braço também podem fazer fortalecimento muscular.
Como a capsulite adesiva possui fases, o ideal é procurar um ortopedista especialista em ombro para diagnosticar o problema ao sentir alguma dor no ombro que não passa após alguns dias de repouso.
O tratamento varia conforme o estágio da doença, mas a maioria dos casos pode ser resolvida de maneira bem-sucedida sem a necessidade de cirurgia. Na fase inicial do ombro congelado, o objetivo é o controle da dor e da inflamação, enquanto nas fases de rigidez a recuperação do movimento torna-se prioritária.
Se você já desenvolveu a capsulite adesiva, o tratamento da capsulite adesiva pode incluir:
- Medicamentos para aliviar a dor e a inflamação: o médico pode indicar anti-inflamatórios, analgésicos e corticoides, que podem ser administrados via oral ou injetável;
- Fisioterapia para ajudar a restaurar a mobilidade do ombro e inibir o avanço da doença nas fases iniciais.
Todos os tratamentos devem ser realizados por um ortopedista e acompanhados por profissionais de fisioterapia, haja visto que a capsulite adesiva leva um período considerável para ser curada.
Fontes: