Procedimento cirúrgico visa restabelecer a saúde articular do ombro com a colocação de prótese.
Também conhecida como prótese de ombro, a artroplastia de ombro é um tratamento médico e cirúrgico que consiste na substituição da parte óssea com degeneração da articulação do ombro por um implante. Ela é uma solução encontrada em tratamentos que combatem patologias como desgastes mais avançados da articulação glenoumeral.
A artroplastia de ombro tem como principal objetivo oferecer ao paciente maior qualidade de vida, redução da dor e a recuperação de movimentos que possam ter sido afetados em razão de doenças que atingiram a articulação do membro.
É válido dizer que a articulação do ombro é uma das mais complexas do corpo humano — sendo também uma das mais utilizadas no dia a dia. É com ela que conseguimos realizar a maior parte dos movimentos do braço. Isso significa que, quando esta articulação sofre alguma lesão, o paciente logo começa a apresentar sintomas que comprometem sua qualidade de vida.
A depender da área atingida ou lesionada, a artroplastia de ombro pode ser total ou parcial. Vamos conhecer um pouco melhor sobre as duas mais abaixo. Também são conhecidas as próteses não convencionais, chamadas CTA e Reversa.
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Causas: quando é preciso realizar uma artroplastia de ombro?
Uma das principais causas que podem fazer com que o médico julgue necessário conduzir uma artroplastia de ombro é a Artropatia do manguito rotador — também chamada de artrose de ombro.
Em poucas palavras, esta alteração acontece quando a articulação se desgasta, principalmente quando há uma lesão do manguito rotador. Este tipo de problema costuma ser registrado mais em pacientes idosos, já que é uma doença degenerativa — que se intensifica com o passar dos anos, principalmente quando associada a lesões anteriores, responsáveis por desencadear a Artropatia.
Fraturas graves, artroses primárias (que são o desgaste da articulação por causas hereditárias) e as artroses secundárias (causadas por reumatismos, cirurgias, instabilidades e necroses) são outras das razões pelas quais um médico costuma indicar uma artroplastia de ombro.
Sintomas e diagnóstico de alterações no ombro
Dentre os principais sintomas que podem apontar que um paciente necessita de uma artroplastia de ombro, podemos destacar:
- Incapacidade de levantar o braço;
- Dificuldades para realizar tarefas simples, como pentear o cabelo ou apanhar um casaco pendurado;
- Perda de mobilidade;
- Dor intensa.
O médico poderá diagnosticar a patologia (seja a Artropatia de ombro ou qualquer outra doença) através da avaliação dos sintomas, do histórico de saúde e da realização de exames de imagem, como radiografias e ressonância magnética.
Artroplastia de ombro total e parcial
A artroplastia parcial, também chamada de hemiartroplastia, consiste apenas na substituição do úmero pela prótese. Já na artroplastia total, tanto a cabeça do úmero quanto a cavidade glenoide são suplantadas pela prótese. A escolha pelo tipo de cirurgia varia de acordo com alguns fatores, como a idade do paciente, a presença de subluxação do úmero e a ocorrência de comprometimento da glenoide.
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Como é realizada a cirurgia?
A artroplastia de ombro é realizada com o paciente semissentado (em uma posição de cadeira de praia), com o auxílio de anestesia geral e bloqueio do plexo braquial. A incisão é feita na região anterior do ombro, e tem cerca de 10 cm de extensão.
Na sequência, o úmero é abordado e a cabeça umeral lesionada é retirada pelo médico. Em seguida, o especialista adiciona uma prótese de teste no úmero. Concluída a checagem do tamanho e da posição, é então posicionada a prótese definitiva.
A prótese umeral definitiva pode ser fixada a partir de duas situações (sob pressão, também chamada de pressfit, ou com cimento acrílico — polimetilmetacrilato). O modelo de cada prótese e as características individuais de cada paciente são preponderantes no momento de escolher o método de fixação.
Vamos a um exemplo prático: um paciente que sofre com osteoporose avançada deve, em geral, utilizar fixação com cimento acrílico, já que esta opção depende menos da qualidade óssea.
Além do mais, é preciso realizar uma extensa liberação da capsula articular, bem como do tendão subescapular, já que ambos ficam encurtados em situações de artrose do ombro.
No caso de a cirurgia ser de artroplastia parcial, o subescapular deve ser reposicionado ao úmero, preso por fios muito resistentes. Já nos casos de artroplastia total, ainda será necessário adicionar a prótese na glenoide.
O material da prótese do úmero é o metal, enquanto o componente da glenoide é comumente feito de polietileno — um tipo extremamente resistente de plástico.
O pós-operatório da artroplastia de ombro
Uma vez concluída a artroplastia de ombro, o paciente deve permanecer hospitalizado durante um ou dois dias. Também é preciso que ele faça uso de uma tipoia durante quatro a seis semanas.
Entretanto, os exercícios de movimentação devem ser iniciados, geralmente, no primeiro dia depois da cirurgia. Apenas testes de movimentação do cotovelo, mão e punho são recomendados nos primeiros 15 dias. Decorridas duas ou três semanas, os exercícios passivos são autorizados, de modo a recuperar a mobilidade do ombro.
Depois que a tipoia é removida, é indicada uma movimentação ativa ao paciente, que deve ser encaminhado para sessões de reabilitação supervisionadas por um fisioterapeuta.
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Resultados da cirurgia
A artroplastia de ombro costuma trazer resultados muito bons para o combate à artrose de ombro. A intervenção cirúrgica é responsável por extinguir a dor e restaurar boa parte da mobilidade articular.
Contudo, existem alguns fatores adjuntos que influenciam na qualidade do resultado, como o respeito às orientações do médico durante o período pós-operatório. Também é recomendado não realizar os exercícios ou se exceder nos esforços físicos nos primeiros momentos após a cirurgia.
Possíveis complicações
É importante destacar que as complicações da artroplastia de ombro são raras. Elas podem trazer rigidez articular, infecção cirúrgica ou soltura da prótese.
Todavia, o cirurgião responsável pelo procedimento adota sempre as medidas necessárias antes, durante e depois do procedimento para evitar que as complicações surjam. Já a prática dos exercícios indicados pelo médico e o acompanhamento fisioterapêutico contribuem para a redução da chance de rigidez.
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Fontes: