Fale conosco pelo WhatsApp

Cirurgia de fratura da clavícula

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
4 min. de leitura

Lesão relativamente comum é consequência de quedas, de acidentes automobilísticos ou de práticas esportivas

 A fratura da clavícula é a mais comum da região do ombro, correspondendo a 35% dos casos. Além disso, o osso que conecta o tórax aos membros superiores é um dos mais fraturados do corpo, representando de 2,5% a 4% de todas as fraturas.

Essa grande incidência de lesões é explicada porque a clavícula é um osso fino e curvo em forma de “S” que liga o esterno com a escápula e não possui cobertura muscular em seu terço médio, o que torna a região mais frágil. Por essa razão, quedas sobre o ombro decorrentes de acidentes automobilísticos ou práticas esportivas são os mecanismos de traumas mais comuns, uma vez que toda a energia de impacto é transferida para a clavícula.

Portanto, a fratura de clavícula é a quebra ou fissura desse importante osso responsável pela largura dos ombros e sustentação do peso do braço. A cirurgia de fratura da clavícula é indicada para casos mais graves ou quando as abordagens conservadoras não se mostram eficazes. A seguir, entenda mais sobre o procedimento.

Como é feita a cirurgia de fratura da clavícula?

A cirurgia de fratura da clavícula é realizada com anestesia geral e costuma durar cerca de uma hora. O procedimento tem o objetivo de fixar os fragmentos ósseos por meio de placas e parafusos de aço inoxidável ou titânio. Para isso, o cirurgião faz uma incisão sobre a clavícula, une cuidadosamente todos os fragmentos ósseos, deixando-os bem alinhados anatomicamente, e realiza a fixação.

Uma dúvida bastante comum em relação à cirurgia de fratura da clavícula é se existe a necessidade de retirar a placa de fixação após algum tempo. O material não precisa ser retirado, pois não traz nenhum tipo de incômodo ao paciente. A retirada é recomendada apenas em casos de complicação, como infecção e falha na consolidação da fratura, mas são situações raras.

O pós-operatório da cirurgia de fratura da clavícula é relativamente tranquilo e envolve a imobilização do ombro com o uso de tipoia durante até 4 semanas e fisioterapia. O tempo de recuperação pode variar de acordo com as condições do paciente e a gravidade da lesão, mas em geral as atividades de rotina são retomadas logo após o período de imobilização, e o retorno às atividades físicas pode demorar um pouco mais, cerca de 2 a 3 meses após a cirurgia de fratura da clavícula.

Quando ela é indicada?

A indicação da cirurgia de fratura da clavícula depende da avaliação individual do ortopedista e do nível de atividade do paciente. Atletas ou adultos jovens que precisam retornar mais rapidamente ao trabalho podem se beneficiar do procedimento cirúrgico, já que o tempo de recuperação é menor em relação ao tratamento conservador.

No geral, a cirurgia de fratura da clavícula é recomendada para os seguintes casos:

  • Desvio ou afastamento maior que 2 cm entre os fragmentos ósseos;
  • Encurtamento maior que 2 cm do comprimento total da clavícula;
  • Fratura exposta ou com risco de exposição;
  • Lesão nervosa ou vascular associada à fratura;
  • Múltiplos traumas;
  • Desnivelamento significativo do nível dos ombros.

Além disso, a cirurgia de fratura da clavícula vem sendo cada vez mais indicada por proporcionar menores riscos de complicações e resultados melhores na consolidação da fratura em comparação ao método conservador.

Benefícios da cirurgia de fratura da clavícula

Já citamos que um dos benefícios da cirurgia de fratura da clavícula são os melhores resultados em relação ao tratamento conservador para a plena recuperação do paciente. Alguns pontos que contribuem para isso são:

  • Menor risco de falha na consolidação dos fragmentos ósseos (pseudoartrose): lesões tratadas cirurgicamente apresentam um percentual de falha de consolidação inferior a 2%, enquanto lesões não operadas podem chegar a 15%;
  • Melhor alinhamento ósseo: a cirurgia de fratura da clavícula reduz os riscos de consolidação viciosa, condição que gera uma deformidade óssea ao consolidar o osso em uma posição incorreta que pode trazer problemas estéticos e funcionais;
  • Recuperação mais rápida: pacientes operados podem permanecer com o ombro imobilizado por menos tempo e retomar suas atividades de rotina de maneira antecipada, um benefício fundamental para atletas.

A cirurgia de fratura da clavícula evoluiu muito nos últimos anos com o desenvolvimento de técnicas mais modernas e materiais de fixação de melhor qualidade, o que explica a baixa incidência de complicações.

Qual profissional realiza a cirurgia?

O ortopedista especialista em ombro é o profissional mais habilitado para realizar esse tipo de cirurgia, porque reúne profundo conhecimento da anatomia dessa complexa articulação, além de estar atualizado com as principais técnicas e tratamentos para proporcionar uma recuperação completa aos seus pacientes.

O Dr. Rodolpho Scalize é ortopedista especialista em cirurgias do ombro, joelho e cotovelo, com pós-graduação em Medicina Esportiva pela Universidade Federal de São Paulo, além de trabalhar na reabilitação de atletas profissionais.

Entre em contato com o Dr. Rodolpho Scalize, ortopedista especialista em ombro, e marque uma consulta para mais informações.

Fontes:

Dr. Rodolpho Scalize

Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia