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Luxação esternoclavicular

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Lesão é bastante rara e a menos frequente entre as luxações do ombro, correspondendo a menos de 3% dos casos

O ombro é uma das articulações mais importantes e mais complexas do corpo humano, já que oferece a maior amplitude de movimento que podemos realizar. Ele é formado por quatro articulações separadas: esternoclavicular, escapulotorácica, acromioclavicular e glenoumeral.

Antes de abordar sobre a luxação esternoclavicular, é preciso entender a anatomia da articulação esternoclavicular, uma articulação pequena e de pouca estabilidade óssea que conecta a clavícula ao tronco, sendo bastante dependente dos ligamentos para se manter estável.

Entenda mais sobre o que é luxação esternoclavicular, seus sintomas e tratamentos e como prevenir essa condição.

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O que é a luxação esternoclavicular?

Popularmente conhecida como deslocamento, a definição de luxação nos diz que é a perda de contato entre dois ossos que formam uma articulação, neste caso a clavícula e o esterno.

Desse modo, a anatomia da articulação é modificada pela desarticulação dos ossos. A luxação esternoclavicular é bastante rara e a menos frequente entre as luxações do ombro, correspondendo a menos de 3% dos casos.

Tipos de luxação esternoclavicular

Basicamente, as luxações podem ser classificadas em dois tipos: anterior e posterior. A luxação anterior é a mais comum e ocorre quando a clavícula está para frente do esterno, deixando um aspecto bastante aparente. A luxação posterior, por sua vez, é mais rara e também mais perigosa, porque quando a clavícula está posicionada para trás do esterno, ela pode comprimir vasos sanguíneos e outros órgãos da região torácica.

A luxação esternoclavicular pode ser dividida em relação ao tempo de evolução e frequência, sendo:

  • Aguda (quando ocorreu há poucas horas);
  • Inveterada ou crônica (quando permaneceu luxada);
  • Recidivante (quando ocorreu várias vezes).

Por fim, também podemos classificá-la em relação à gravidade:

  • Tipo 1: estiramento ligamentar;
  • Tipo 2: subluxação esternoclavicular (quando há uma perda parcial de contato entre os ossos);
  • Tipo 3: luxação completa.

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Sinais e sintomas da luxação esternoclavicular

O principal sintoma é uma forte dor e dificuldade para fazer movimentos com a articulação, além de edema e uma deformidade na região da articulação esternoclavicular nos casos quando a luxação é anterior.

Causas da luxação esternoclavicular

A luxação esternoclavicular é bem rara de acontecer e, geralmente, ela é causada por traumas em decorrência de acidentes de trânsito e quedas durante esportes de contato.

Além disso, esse tipo de luxação pode estar associado a outros tipos de lesões, como:

  • Fratura de clavícula;
  • Luxação acromioclavicular;
  • Dissociação escapulotorácica;
  • Lesões neurológicas, torácicas e vasculares.

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Diagnóstico da luxação esternoclavicular

O ortopedista consegue fazer o diagnóstico por meio do exame físico, já que a deformidade no local é bastante visível e característica dessa luxação. Para confirmar a gravidade da lesão e afastar a hipótese de lesões associadas, como fraturas de clavícula medial e lesões da cartilagem de crescimento, podem ser solicitados exames de imagem, como radiografia e tomografia computadorizada.

Tratamento da luxação esternoclavicular

O tratamento varia em relação ao tipo de luxação, gravidade e tempo de evolução. Por exemplo, no caso de luxação aguda anterior, o tratamento indicado é a redução da luxação, isto é, recolocar a articulação na sua posição original. Isso pode ser feito sem a necessidade de cirurgia, mas caso a articulação fique instável e tenha uma recidiva, pode ser necessário um procedimento cirúrgico.

Luxações crônicas anteriores com mais de três semanas e poucos sintomas podem ser tratadas com métodos conservadores, entre eles medicamentos e fisioterapia.

Casos de luxação posterior são mais graves e devem ser tratados cirurgicamente. Isso porque há risco de comprimir as vias respiratórias e vasos sanguíneos importantes que podem causar lesões neurovasculares.

Cirurgia para tratar a luxação esternoclavicular

A cirurgia para tratar a luxação esternoclavicular é indicada para casos de instabilidade que provocam recidivas ou quando os tratamentos conservadores não apresentam os resultados esperados.

Como essa articulação tem pouca estabilidade óssea e é bastante dependente dos ligamentos para se manter estável, o objetivo da cirurgia é justamente a reconstrução ligamentar com enxerto. A técnica utiliza enxertos de tendão passados por perfurações feitas na clavícula e no esterno.

O pós-operatório envolve o uso de tipoia para imobilizar a região durante o período de um mês. Após algumas semanas, já pode ser iniciada a fisioterapia, inicialmente com exercícios para recuperar a movimentação do ombro e exercícios para fortalecer a musculatura da região em um outro momento. Praticantes de esportes que utilizam os membros superiores estão liberados a retornar às suas atividades depois de 6 meses.

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Prevenção da luxação esternoclavicular

Visto que a luxação esternoclavicular é uma condição bem rara e resultado de acidentes automobilísticos e quedas em esportes de impacto, não há muito o que fazer para se prevenir desse tipo de lesão. A melhor maneira é utilizar os equipamentos de segurança necessários e ter prudência no trânsito.

Como um ortopedista especialista em ombro pode ajudar?

O ortopedista especialista em ombro é um profissional que domina as técnicas mais atuais para tratar qualquer alteração na região da melhor forma, sempre visando o bem-estar e a plena recuperação dos seus pacientes. Para isso, ele possui bastante conhecimento adquirido ao longo de 10 anos, período mínimo necessário para se tornar especialista em ombro.

Entenda mais sobre esse tratamento agendando uma consulta com o ortopedista especialista em ombro, Dr. Rodolpho Scalize.

Fontes:

Dr. Rodolpho Scalize

Revista Brasileira de Ortopedia