Principais características da doença que causa tanta limitação dos movimentos do ombro que pode se tornar incapacitante
A síndrome do ombro congelado, também chamada de capsulite adesiva, é uma doença que tem como principal característica a dificuldade de movimentação do ombro. Muitas pessoas procuram tratamento médico por causa da perda de amplitude nos movimentos, o que pode incapacitar as atividades cotidianas, mas o principal sintoma e que marca o início da doença é a dor para movimentar o ombro.
É importante conhecer os detalhes sobre a doença para saber identificá-la e encontrar o tratamento adequado. As causas específicas ainda não são bem definidas, apesar de existirem fatores de risco conhecidos que podem levar ao desenvolvimento da síndrome do ombro congelado.
O que é a síndrome do ombro congelado?
A síndrome do ombro congelado se manifesta por causa da ocorrência de uma inflamação da cápsula da articulação do ombro. A progressão da inflamação leva a um espessamento da região que, por sua vez, causa os sintomas da também chamada capsulite adesiva. É mais comum que se manifeste no ombro menos funcional.
A diminuição da amplitude dos movimentos do ombro que gera uma sensação de rigidez — daí o nome “síndrome do ombro congelado” — é a principal característica da doença. A dificuldade de movimentação é acompanhada de dor, o que aumenta ainda mais a incapacitação de atividades diárias por causa da doença.
Causas da síndrome do ombro congelado
Muitos casos da síndrome do ombro congelado têm origem idiopática, ou seja, espontânea ou de causas obscuras. Por isso, ainda não é possível determinar uma ou mais causas específicas para a inflamação.
Apesar disso, o surgimento da síndrome pode estar relacionado a outras doenças ou a alguma lesão no ombro. Também pode surgir em pacientes com doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, e também naqueles que passaram recentemente por cirurgia no ombro.
Sinais e sintomas da síndrome do ombro congelado
Os principais sintomas da síndrome do ombro congelado são dor intensa e rigidez dos movimentos, causadas pela inflamação e consequente fibrose, além de espessamento das estruturas da cápsula da articulação do ombro.
A limitação de movimentação do ombro no decorrer da doença pode se tornar tão intensa, junto com a dor, que dificulta ou incapacita a pessoa de realizar as mais simples atividades diárias.
A evolução dos sintomas pode ser dividida em três fases:
- Fase inflamatória: a dor que piora com os movimentos é a principal característica. Nesta fase, a perda de movimentos vai aumentando gradativamente;
- Fase do congelamento: a limitação de movimentos já é mais presente e incômoda que a própria dor. A rigidez afeta principalmente o movimento de rotação do ombro;
- Fase do descongelamento: a amplitude dos movimentos vai melhorando gradativamente, junto com a dor.
Síndrome do ombro congelado: como proceder?
Dor no ombro é sempre sinal de que algo não vai bem. Muitas pessoas tendem a adiar a procura por ajuda profissional até o ponto em que o incômodo se torna incapacitante, sem apresentar alívio com o uso de analgésicos comuns, o que pode dificultar ou adiar ainda mais a recuperação adequada.
Por isso, aos primeiros sintomas da alteração, é importante procurar um médico ortopedista para que seja realizada uma investigação detalhada do caso, identificando um tratamento eficaz para o quadro. Apesar de casos de síndrome do ombro congelado serem idiopáticos, eles podem também vir acompanhados de outras doenças, tais como:
- Bursites e tendinites do ombro;
- Hérnia de disco cervical;
- Disfunções na tireoide;
- Doenças cardiovasculares;
- Diabetes.
Tratamento da síndrome do ombro congelado
O diagnóstico é feito a partir de exame clínico realizado pelo médico ortopedista, que poderá solicitar alguns exames auxiliares, como ressonância magnética. Assim que o diagnóstico for concluído, o médico determina o tratamento mais adequado, de acordo com a fase em que se encontram os sintomas.
Na fase inicial, o tratamento pode ser conservador — recorrendo ao uso de medicamentos anti-inflamatórios para aliviar os sintomas dolorosos ou a tratamentos de infiltração, que costumam ter ótimos resultados.
Na fase de congelamento, é fundamental que sejam realizados, além da administração medicamentosa, exercícios com acompanhamento fisioterápico para a recuperação dos movimentos e da força muscular. Assim, é possível chegar à outra fase com maiores chances de retomada total dos movimentos do ombro.
A síndrome do ombro congelado tem cura, sendo muitas vezes espontânea, podendo levar de 6 meses a 2 anos. Por isso é importante buscar tratamento precoce, para possibilitar a recuperação dos movimentos precoce, controle da dor e que a qualidade de vida seja completamente retomada.
Fontes: