Terapia avançada utiliza material retirado do próprio paciente, favorecendo a regeneração de tecidos pelo organismo
As plaquetas, também conhecidas como trombócitos, são pequenas células sanguíneas que desempenham um papel crucial na coagulação do sangue e na cicatrização de feridas. Essas células são produzidas na medula óssea e circulam no sangue de 7 a 10 dias antes de serem removidas pelo baço.
As plaquetas são componentes essenciais do sangue, fundamentais para a coagulação e cicatrização de feridas. Sua função na hemostasia e na reparação de tecidos faz dessas células uma peça-chave não apenas na resposta a lesões, mas também em diversas aplicações terapêuticas, como a terapia com plasma rico em plaquetas (PRP).
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O que é plasma rico em plaquetas?
O plasma rico em plaquetas (PRP) é uma terapia avançada que utiliza uma concentração de plaquetas derivada do sangue do próprio paciente. O intuito é promover a cicatrização de tecidos, reduzir a inflamação e aliviar a dor. Para isso, uma pequena quantidade de sangue é coletada do paciente e colocada em uma centrífuga que separa os componentes sanguíneos.
O processo de centrifugação resulta na formação de uma camada de plasma rico em plaquetas, que é extraída e preparada para ser aplicada no paciente. Em alguns casos, podem ser adicionados agentes como cloreto de cálcio para iniciar a liberação de fatores de crescimento.
Como funciona o procedimento de aplicação do PRP?
Para a aplicação do plasma rico em plaquetas, a área a ser tratada é cuidadosamente limpa e desinfectada. Em seguida, o PRP é diretamente injetado na região afetada — que pode ser uma articulação, um tendão, um músculo ou pele.
Em alguns casos, pode ser aplicado um anestésico local para minimizar o desconforto durante a injeção. O tratamento também pode ser guiado por ultrassom para garantir a precisão no local da aplicação.
Quais são os benefícios do tratamento com plasma rico em plaquetas?
O tratamento com plasma rico em plaquetas oferece uma série de benefícios terapêuticos, tais como:
- Aceleração do processo de cicatrização;
- Redução da inflamação e da dor associada a lesões e condições crônicas;
- Melhora da função articular e tecidual;
- Regeneração de cartilagem;
- Reparação de tendões e ligamentos;
- Procedimento minimamente invasivo, com baixo risco de reações adversas e com possibilidade de recuperação rápida;
- Tratamento que utiliza o sangue do paciente, o que garante uma abordagem terapêutica adaptada às necessidades específicas de cada indivíduo.
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Indicações e contraindicações
O tratamento com PRP é indicado para uma variedade de condições médicas e estéticas devido às suas propriedades regenerativas e anti-inflamatórias. Entre as principais indicações, estão:
- Tratamento da osteoartrite;
- Tratamento de tendinites, tendinopatias crônicas, lesões do manguito rotador, epicondilite lateral (cotovelo de tenista) e tendinite de Aquiles;
- Auxílio na cicatrização de entorse e lesões ligamentares, tratando distensões e rupturas musculares;
- Recuperação de cirurgias ortopédicas para acelerar a cicatrização de tecidos e reduzir o tempo de recuperação;
- Auxílio na consolidação de fraturas ósseas;
- Tratamentos estéticos que visam rejuvenescimento da pele, correção de cicatrizes e crescimento capilar.
Embora o PRP seja seguro para muitos pacientes, existem algumas contraindicações absolutas e relativas que devem ser consideradas, tais como:
- Presença de doenças do sangue, como trombocitopenia severa, distúrbios de coagulação e anemias graves;
- Infecção ativa ou sistêmica que pode ser exacerbada pelo tratamento;
- Pacientes com câncer ativo, especialmente hematológico, devido ao risco potencial de estimular o crescimento celular.
Além disso, há contraindicações relativas, como pacientes que fazem uso de anticoagulantes, indivíduos com doenças autoimunes, mulheres grávidas ou lactantes, tabagistas e pacientes com diabetes descontrolada.
O PRP tem efeito colateral?
O tratamento com plasma rico em plaquetas é geralmente bastante seguro, especialmente porque o PRP é produzido a partir do sangue do paciente, minimizando o risco de reações alérgicas e rejeições. No entanto, como qualquer procedimento médico, há potenciais efeitos colaterais e riscos que devem ser considerados, como:
- Dor e desconforto no local da injeção;
- Inchaço e vermelhidão;
- Rigidez e sensação de calor;
- Infecção;
- Danos a tecidos ou nervos;
- Formação de coágulos sanguíneos.
Perguntas frequentes
O tratamento com PRP é uma terapia inovadora e eficaz para diversas condições médicas e estéticas, oferecendo benefícios significativos na cicatrização e regeneração dos tecidos. O procedimento, porém, pode gerar algumas dúvidas entre os pacientes. Confira as respostas para os principais questionamentos:
O PRP regenera a cartilagem e os tendões?
O PRP, assim como outras técnicas de medicina e ortopedia regenerativa, procuram ajudar na regeneração da cartilagem e dos tendões, já que este contém fatores de crescimento que estimulam a cicatrização e regeneração dos tecidos. Estudos mostram que o PRP pode promover a reparação de lesões de tendões e melhorar os sintomas e desconfortos, particularmente em casos de osteoartrite.
O PRP pode ser utilizado em associação com outros tratamentos?
Sim, o PRP pode ser utilizado em associação com outros tratamentos, potencializando o alcance dos resultados. Em geral, a aplicação pode ser associada a:
- Fisioterapia;
- Cirurgia ortopédica;
- Administração de medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos.
O PRP é um tratamento caro?
O custo do tratamento com PRP pode variar de acordo com fatores como a quantidade de sessões necessárias e os demais custos associados ao tratamento. É importante que os pacientes sejam avaliados de maneira individualizada para obter uma estimativa precisa dos custos envolvidos e entender os benefícios que justificam o valor do tratamento.
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